A casa foi projetada em um terreno densamente vegetado e estabelece relações com as árvores e jardins existente, cultivados ao longo de 60 anos.
Nos jardins destacam-se uma mata mais densa que se constituiu ao longo da divisa norte e três grandes jabuticabeiras ao fundo. É na presença desse alinhamento das jabuticabeiras que é definida a implantação da casa. O projeto busca sobretudo recriar as relações entre os ambientes internos e os jardins, valendo-se de varandas, pátios, terraços e piscinas.
O programa no térreo foi organizado em 3 blocos funcionais: estar/jantar/estúdio, cozinha/lavanderia e o pavilhão de lazer ao fundo, enquanto o andar superior acomoda o estar familiar e cinco suítes, voltadas para o norte com vista para a mata mais densa.
O projeto de paisagismo reorganiza o jardim introduzindo faixas de mediação entre a casa e a mata, com piscinas, decks e uma vegetação arbustiva densa.

Paredes de taipa compõe os principais fechamentos e apoios no térreo.  Essas paredes de terra tem um vínculo forte o solo, presença forte nesse terreno tão amplamente vegetado.
A taipa compõe os apoios da casa junto com pilares de concreto sobre os quais pousa uma estrutura metálica, uma trama leve que se contrapõe à massa das paredes de taipa. As duas estruturas jamais se tocam, ficam como entidades independentes na organização do espaços. Nas fachadas cegas, um único e distinto pilar em concreto ancora as treliças laterais que permitem grandes balanços nos quatro cantos do volume superior.