Uma escola para crianças e jovens de 6 a 17 anos, será a nova unidade do Colégio Santa Cruz. Fundado em 1952 em São Paulo, por padres canadenses, o colégio possui hoje 2.789 alunos, oferecendo cursos de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, além de um Curso Supletivo amplamente subsidiado. A nova unidade comportará mais 1.500 alunos, que estudarão em período integral.
O terreno de 13.000 m2, situado no Butantã, faz divisa com a Universidade de São Paulo e com uma avenida de grande fluxo de veículos e importante ligação urbana.
O partido do projeto se baseou na organização de um programa amplo, buscando manter grande área permeável e livre para recreação. Uma extensa área verde, no centro do conjunto, é o espaço organizador de toda a escola. O pavimento térreo foi destinado inteiramente ao lazer e aos espaços de vivência, as atividades específicas se desenvolvem no nível inferior, voltadas para o grande jardim, ou nos andares superiores configurando a construção vertical, que se realiza plenamente com a localização de três quadras esportivas na cobertura.
Dois volumes suspensos, de aproximadamente 100 metros de comprimento, configuram dois blocos paralelos. Aquele voltado para a avenida, uma caixa conformada por réguas de madeira (Pinus de reflorestamento), concentra os usos coletivos, afirmando a intenção de abrir a escola para a cidade. O outro, mais resguardado, abriga salas de aula, laboratórios, auditório e salas de arte incorporadas a um teto-jardim, todas as atividades protegidas dos ruídos da avenida pela própria construção e pela nova massa de árvores.
Duas passarelas interligam esses blocos e estabelecem continuidade ao percurso. Fechadas com painéis translúcidos, tornam-se durante o dia túneis de luz e, à noite, lanternas suspensas sobre mata.
O andar térreo foi estabelecido a partir da cota mais alta do terreno, elevada em relação à avenida. A escolha dessa cota de entrada definiu a concordância do edifício com a topografia original.
Os materiais escolhidos (concreto, madeira, aço e vidro) advêm do processo construtivo e foram especificados para evitar manutenções constantes, não necessitando de nenhum tipo de revestimento. A intenção é que cada etapa da própria construção exponha o edifício pronto, e que esse possa revelar a passagem do tempo com dignidade. A ventilação e iluminação dos edifícios foram pensadas dentro do princípio de otimização de energia e melhor aproveitamento de recursos naturais.
O conjunto se revela como construção de uma nova paisagem urbana, em local de ocupação pouco consolidada. São grandes terrenos vazios ou subutilizados. É uma área com grande potencial de transformação, localizada próxima a bairros residenciais com diferentes padrões, e que vem sofrendo paulatinamente intervenções urbanas estruturais.
Data do início do projeto
Arquitetura
UNA arquitetos; Cristiane Muniz, Fábio Valentim, Fernanda Barbara, Fernando Viégas
Colaboradores
Ana Paula de Castro, Apoena Amaral e Almeida, César Shundi Iwamizu, Clóvis Cunha, Felipe Noto, Jimmy Efrén Liendo Terán, José Carlos Silveira Júnior, José Paulo Gouvêa, Sabrina Lapyda, Ricardo Barbosa Vicente
Fundações
Zaclis, Falconi e Engenheiros Associados
Sondagem
Engesolos Engenharia de Solos e Fundações
Instalações Prediais
phe Projetos Hidráulicos e Elétricos
Sistemas
Bettoni Automação e Segurança
Climatização
Thermoplan Engenharia Térmica
Impermeabilização
Proassp Assessoria e Projetos
Cozinhas Industriais
Núcleo Ora Projetos para Cozinhas Profissionais
Topografia
Kazutoshi Shibuya Serviços Técnicos de Agrimensura
Mapeamento do Subsolo
chm Mapeamento do Subsolo
Drenagem e canalização
Geométrica Engenharia de Projetos
Modelo Eletrônico
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