Com curadoria de Paulo Miyada, são apresentadas cerca de cem obras, entre pinturas, objetos e instalações, criadas entre 1966 e 2023, abrangendo todas as fases do trabalho do artista: sua militância contra a ditadura civil-militar de 1964, que o levaria à prisão; sua tese de doutorado, intitulada A querela do Brasil – a questão da identidade da arte brasileira, feita no exílio; seu retorno ao Brasil, quando passa a se dedicar ao ensino; e sua experimentação com a forma e a geometria, a abstração e a subjetividade.
Como disse Miyada ao IC, é “uma trajetória de muitas vidas”. Zilio estudou pintura com Iberê Camargo, no começo da década de 1960, período em que integrou mostras importantes como Opinião 66 e Nova Objetividade Brasileira. Em 1975, após produzir obras com o objetivo de promover agitação política e conscientização social e ter se envolvido com a luta armada, é preso. No cárcere, com recursos limitados, cria desenhos. Pouco depois de ser solto, exila-se. De volta ao Brasil, também se dedica ao ensino.¹
¹Texto de divulgação: Itaú Cultural
São Paulo . Itaú Cultural
2025
Ana Pigosso